Início Destaque FÓRMULA E – Debrief: E-Prix de São Paulo – 2024

FÓRMULA E – Debrief: E-Prix de São Paulo – 2024

493
(Foto: Sam Bagnall)
Saiba o que rolou na prova em território brasileiro, além de uma análise sobre o desempenho das equipes no fim de semana.

A Fórmula E realizou neste fim de semana (15 e 16) o E-Prix de São Paulo, a quarta etapa do calendário 2023/2024, no Circuito Urbano do Anhembi, em Santana, Zona Norte da capital paulista.

O vencedor foi Sam Bird, que superou o pole sitter, Pascal Wehrlein, dominou a corrida até a volta 28/31, perdeu a P1, recuperou a liderança nas curvas finais e conquistou a sua primeira vitória neste ano, seguido de Mitch Evans e de Oliver Rowland. O ponto extra da volta mais rápida ficou com Sébastien Buemi, que concluiu na P10 e cravou o menor tempo de volta de 1:11.399s.

Análise de desempenho

Abaixo, confira uma análise de desempenho das 11 escuderias do grid no E-Prix de São Paulo, em ordem decrescente da classificação atual do campeonato de equipes.

Jaguar TCS Racing (96 pts)

A Jaguar fez uma prova parcialmente boa no sábado, já que, apesar do pódio como P2 de Mitch Evans, o parceiro de equipe do neozelandês, Nick Cassidy, não cruzou a linha de chegada, ao bater forte no muro na volta 16/31 e abandonar em seguida.

Esse não foi um final de semana bom para Cassidy: o britânico se classificou na P9, cinco posições atrás de Evans e, antes do incidente, não apresentava um bom ritmo de corrida. Apesar do inconveniente com Nick, com apenas um carro na zona de pontos, a escuderia britânica permanece na liderança do campeonato, assim como Cassidy nos pilotos.

TAG Heuer Porsche (61 pts)

Assim como no ano passado, a Porsche fez uma prova mediana no Anhembi. Pascal Wherlein largou na pole, mas manteve a posição privilegiada por pouco tempo, pois Sam Bird e Mitch Evans deixaram o alemão para trás rapidamente.

Durante o agitar da bandeira quadriculada, Wehrlein finalizou em quarto, enquanto que o outro piloto da TAG Heuer Porsche, António Félix da Costa, terminou o E-Prix na P6, depois de largar na P8. Diante desse cenário, a escuderia alemã mostrou um bom desempenho geral, o suficiente para assumir a P2 na classificação de equipes.

DS PENSKE (57 pts)

A DS fez uma apresentação razoável em São Paulo, mas, pelo menos, os dois pilotos marcaram pontos. Stoffel Vandoorne e Jean-Éric Vergne, se classificaram muito bem, na P2 e P3, respectivamente, mas despencaram após a primeira volta.

No final, Vandoorne concluiu a disputa na P8, logo atrás do parceiro de equipe bicampeão na categoria elétrica, Vergne, que cruzou a linha de chegada na P7. No momento, apenas 2 pontos separam a DS PENSKE da vencedora do E-Prix paulista, McLaren, o que significa que a escuderia francesa precisa se recuperar na próxima etapa, no Japão.

NEOM McLaren (55 pts)

Assim como a Jaguar, a McLaren vivenciou um misto de emoções no circuito do Anhembi. Enquanto Sam Bird venceu a corrida de forma espetacular (ao sair da P5) e concedeu à equipe a sua primeira vitória na Fórmula E, o parceiro do britânico, Jake Hughes, viu as luzes se apagarem da P12 e não terminou a disputa, devido a problemas na recuperação de energia de seu carro.

Apesar do abandono de Hughes, com o resultado, a NEOM McLaren pula da sexta para a quarta colocação no campeonato de equipes, um bom avanço para a escuderia britânica que não teve um bom início de temporada.

Andretti (47 pts)

A Andretti não foi muito bem no Brasil, ao mostrar um desempenho mediano, com apenas um carro no top 10 final. O atual campeão, Jake Dennis, foi bem, ao largar da P10, ganhar cinco posições e garantir o quinto lugar.

Por outro lado, Norman Nato saiu do penúltimo lugar (P20) e finalizou a prova na P17, apenas na frente de Robin Frijns e dos quatro competidores que abandonaram o E-Prix. Com essa finalização, a escuderia americana cai uma posição na tabela de equipes, ao perder o lugar para a McLaren e estar com apenas 6 pontos de vantagem sobre a Nissan.

Nissan (41 pts)

Como foi o caso da maioria das equipes em São Paulo, a Nissan terminou a corrida com apenas um carro dentro dos pontos. Oliver Rowland conquistou o pódio, na P3, ao ver o apagar das luzes da décima primeira colocação, uma escalada que rendeu 8 posições ganhas pelo britânico durante o E-Prix.

O parceiro de Rowland, o francês Sacha Fenestraz, largou da P14, mas não teve um bom ritmo e finalizou na P11, um grande contraste de performance se comparado a Oliver. Com a excelente prova de Rowland, a Nissan sobe da P7 para a P6 no campeonato.

Envision Racing (39 pts)

A Envision não teve um bom desempenho neste final de semana, com apenas os pontos do campeão Sébastien Buemi como único motivo de satisfação da escuderia britânica. O suíço somou dois pontos na etapa, ao sair da P18, terminar em décimo (uma ótima recuperação) e garantir a volta mais rápida.

O parceiro de Buemi, o experiente na equipe Robin Frijns, recebeu a bandeirada final na P18, praticamente em último, já que ficou apenas na frente apenas dos pilotos que abandonaram. A partir de agora, a Envision Racing precisa de melhores resultados para não ser alcançada na tabela pela Maserati, que, por enquanto, está 17 pontos atrás na classificação.

Maserati MSG Racing (22 pts)

Com a finalização de Max Günther nos pontos, e a P15 de Jehan Daruvala, o único motivo de festa da Maserati é a impressionante e maior escalada de posições feita em São Paulo por Günther. O alemão de 26 anos ganhou 13 posições durante a corrida, ao ver as luzes se apagarem da P22 (último lugar) e passar pela bandeira quadriculada na P9.

Em termos de campeonato, a Maserati MSG Racing não saiu do lugar e permanece classificada em oitavo lugar. No presente momento, desde o início da temporada, a escuderia com sede em Monte Carlo não está ameaçada na tabela de equipes, já que a ERT continua longe no quesito pontos.

ERT (2 pts)

A equipe do brasileiro Sergio Sette Camara apresentou uma prova ruim no Anhembi. Sergio não concluiu o E-Prix em casa, por conta de um erro de cálculo dos engenheiros quanto ao desgaste da bateria, e o mineiro de 25 anos ficou sem energia na última volta. Enquanto isso, Dan Ticktum largou na P20 e concluiu na P16, e selou o resultado sem pontos da ERT.

Mahindra Racing e ABT CUPRA (0 pts)

Pela quarta vez no mesmo número de etapas realizadas até agora, a Mahindra Racing e a ABT CUPRA permanecem zeradas na classificação de equipes. Os pilotos Edoardo Mortara e Nyck De Vries, cruzaram a linha de chegada na P12 e P14, respectivamente, mais uma finalização decepcionante para a Mahindra.

Na ABT CUPRA, o outro brasileiro do grid, Lucas Di Grassi, largou em décimo quinto e recebeu a bandeirada duas posições acima, na P13, com o parceiro de Lucas, Nico Müller, junto com Jake Hughes, Nick Cassidy e Sergio Sette Camara no grupo dos que não finalizaram a prova.

Sem dúvidas, para Di Grassi, a segunda edição do E-Prix de São Paulo, assim como no ano passado, se torna um fim de semana para esquecer.

Top 10 do campeonato de pilotos:

1 – Nick Cassidy #37 (Jaguar TCS Racing) – 57 pts;

2 –  Pascal Wehrlein #94 (TAG Heuer Porsche) – 53 pts;

3 – Mitch Evans #9 (Jaguar TCS Racing) – 39 pts;

4 – Jean-Éric Vergne #25 (DS PESNKE) – 39 pts;

5 – Jake Dennis #1 (Andretti) – 38 pts;

6 – Sam Bird #8 (NEOM McLaren) – 37 pts;

7 – Oliver Rowland #22 (Nissan) – 33 pts;

8 – Max Günther #7 (Maserati MSG Racing) – 22 pts;

9 – Sébastien Buemi #16 (Envision Racing) – 20 pts;

10 – Robin Frijns #4 (Envision Racing) – 19 pts.

A próxima etapa da Fórmula E será o E-Prix de Tóquio, no dia 30 de março.