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FÓRMULA E – Tudo o que você precisa saber antes da temporada 2022/2023 começar

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(Foto: Carl Bingham/LAT Images/FIA Formula E)
Saiba o que mudou da última rodada pra cá e o que a categoria reserva para este ano.

A Fórmula E retorna às pistas nesse sábado (14) para realizar o E-Prix da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, a etapa de abertura do campeonato 2022/2023, a nona temporada da classe elétrica que promete ser a mais importante e inovadora da história.

Pela primeira vez, a categoria inicia a sua programação em um país da América Latina. Curiosamente, da primeira campanha (2014/2015) até a 2017/2018, a China sediou a prova inicial, enquanto a Arábia Saudita ficou com o Round 1 de 2018/2019 até 2021/2022.

A temporada 9 marcará o início de uma nova era na Fórmula E, com a estreia do carro Gen3 (Generation 3/Terceira Geração), mais potente, rápido e com um design mais agressivo em relação ao Gen2, este que figurou de 2018 a 2022.

A F-E traz muitas novidades para os seus fãs este ano: novas equipes e pilotos, carros mais potentes, novos locais de prova e um novo formato de corrida. Confira abaixo tudo o que a temporada 2022/2023 reserva para os aficionados por velocidade e por mobilidade elétrica.

Calendário
(Foto: Fórmula E/Divulgação)

No calendário 2022/2023, há um total de quatro novas cidades a receberem a F-E, um sinal importante de que a classe eletrificada da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) está em constante crescimento e com foco de alcançar mais fãs pelo mundo.

Pela primeira vez desde sua estreia na rodada 2018/2019 da Fórmula E, o E-Prix de Diriyah não sediará a abertura da temporada. Dessa vez, o Autódromo Hermanos Rodríguez, no México, será o apagar das luzes inicial do nono campeonato da categoria. Em seguida, o E-Prix duplo na Arábia Saudita, as etapas 2 e 3, acontecerá nos dias 27 e 28 de janeiro, um intervalo de duas semanas em relação ao E-Prix mexicano.

A partir da quarta prova, virão três E-Ps inéditos consecutivos: o E-Prix de Hyderabad, na Índia, o E-Prix da Cidade do Cabo, na África do Sul, e o E-Prix de São Paulo, a tão esperada corrida em terras brasileiras. As três corridas estreantes estão programadas para os dias 11 e 25 de fevereiro e 25 de março, respectivamente.

E-Prix de Berlim – Temporada 2021/2022 (Foto: Simon Galloway)

Mais pra frente, nos dias 22 e 23 de abril, as etapas 7 e 8 ocorrerão em Berlim, no conhecido traçado do histórico aeroporto Berlim Tempelhof. A capital da Alemanha sempre fez parte do calendário e já recebeu até uma rodada sêxtupla, no final da campanha 2019/2020, esta que coroou António Félix da Costa como campeão com a equipe DS Techeetah.

Em seguida, a disputa 9, no dia 6 de maio, será a mais icônica e luxuosa da programação: o E-Prix de Mônaco, em Monte Carlo, previsto para acontecer no dia 6 de maio. Desde 2020/2021, a F-E corre no traçado original do circuito monegasco, o mesmo que a Fórmula 1 usa em seu mais tradicional Grande Prêmio.

E-Prix de Jacarta – Temporada 2021/2022 (Foto: Sam Bloxham)

Quase um mês depois, nos dias 3 e 4 de junho, haverá a segunda edição do E-Prix de Jacarta, na Indonésia, que fez sua estreia na temporada passada. Este ano será diferente: o E-P asiático ocorrerá em forma de rodada dupla, ou seja, 2 corridas em 2 dias.

A etapa 12, no dia 24 de junho, é a terceira prova do mês de junho prevista e a quarta corrida inédita do calendário: o E-Prix de Portland, nos Estados Unidos. Dessa vez, o tradicional E-Prix de Nova Iorque ficará de fora do itinerário da Fórmula E.

Como de costume, o mês de julho encerrará a temporada 2022/2023, com duas rodadas duplas na Europa: o E-Prix de Roma, na Itália, nos dias 15 e 16, e o E-Prix de Londres, programado para os dias 29 e 30. Como foi ano passado, 16 etapas estão previstas no calendário, o que pode mudar caso alguma corrida seja cancelada.

Equipes e pilotos

A temporada 9 contará com um total de 11 equipes e 22 pilotos em seu grid, os mesmos números das duas últimas rodadas. A seguir, conheça um pouco de cada um dos competidores, em ordem alfabética de escuderias inscritas no campeonato 2022/2023.

ABT CUPRA
(Foto: Sam Bloxham)

A ABT é uma força que está de volta à categoria este ano, após correr em parceria com a Audi da temporada 2014/2015 até a 2020/2021. Vale lembrar que o brasileiro Lucas Di Grassi foi um dos pilotos da equipe e foi nela que se tornou campeão em 2016/2017.

Em seu retorno este ano, a ABT se uniu com a montadora CUPRA e contratou dois pilotos experientes: o suíço Nico Müller e o holandês Robin Frijns. Müller fará sua terceira temporada na F-E, após ser titular e parceiro de Sergio Sette Camara nas rodadas 2019/2020 e 2020/2021, pela Dragon. Depois disso, Nico ficou de fora da última temporada, ao ser substituído pelo ex-piloto de Fórmula 1, Antonio Giovinazzi.

O automobilista com mais quilômetros percorridos na ABT CUPRA é Frijns, que irá para a sua sétima campanha na classe. Robin figurou como titular nas temporadas 2015/2016 e 2016/2017 pela Andretti, e de 2018/2019 a 2021/2022 pela Envision.

Número dos pilotos:

Robin Frijns – #4

Nico Müller – #51

Avalanche Andretti
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

Uma das equipes presentes em todas as temporadas da Fórmula E até hoje, a Avalanche Andretti chega a rodada 9 com dois vencedores de E-Ps: Jake Dennis e André Lotterer, este que entrou no lugar de Oliver Askew.

Jake Dennis, que conquistou sua primeira vitória na categoria em Londres ano passado, segue para disputar seu terceiro campeonato consecutivo, após estrear em 2020/2021 pela escuderia americana.

Para a campanha deste ano, Lotterer deixa a TAG Heuer Porsche, pra quem correu de 2019/2020 até 2021/2022, e integra o line-up da Andretti; assim, o alemão completa o line-up de uma equipe diferente pela terceira vez, após também ter corrido pela Techeetah em sua estreia na F-E em 2017/2018.

Número dos pilotos:

Jake Dennis – #27

André Lotterer – #36

DS PENSKE
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

A DS PENSKE, antiga Dragon PENSKE, contratou dois novos pilotos para a era Gen3: Jean-Éric Vergne e o atual campeão da categoria, Stoffel Vandoorne. Vergne, o único que conquistou o bicampeonato na F-E, ao levantar o caneco nas temporadas 2017/2018 e 2018/2019, faz parte dos quatro nomes do grid atual que não perdeu nenhum campeonato e ingressa em uma escuderia diferente pela quarta vez, ao ter sido titular da Andretti (2014/2015), Virgin (2015/2016) e Techeetah (2016/2017 a 2021/2022).

No outro carro, Vandoorne correrá em sua quinta temporada seguida mas, dessa vez, em uma equipe que não faz parte do conglomerado Mercedes-Benz. Stoffel estreou na F-E na campanha 2018/2019, pela HWA Racelab, escuderia que foi renomeada para Mercedes-Benz-EQ em 2019/2020 e, nas últimas duas rodadas, apenas para Mercedes-EQ.

Número dos pilotos:

Jean-Éric Vergne – #25

Stoffel Vandoorne – #1

Envision Racing
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

Na Envision Racing, antiga equipe Virgin, apenas um piloto é novo em relação ao ano passado: o campeão da temporada 2015/2016, Sébastien Buemi, que deixou a Nissan/e.dams. O competidor suíço, assim como Jean-Éric vergne, está na F-E desde sempre e correrá em uma escuderia diferente pela segunda vez, ao ter corrido na e.dams de 2014/2015 a 2021/2022.

O outro automobilista da Envision para este ano é o neozelandês Nick Cassidy, que permanece na mesma equipe em que estreou (como titular) em 2020/2021, e ingressa em sua terceira temporada consecutiva como titular na Fórmula E. Ano passado, Cassidy conquistou sua primeira vitória na F-E em Nova Iorque.

Número dos pilotos:

Nick Cassidy – #37

Sebastien Buemi – #16

Jaguar TCS Racing
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

A Jaguar TCS Racing é a única equipe que não alterou o seu line-up de pilotos, ao manter os britânicos Mitch Evans e Sam Bird para a era Gen3. Em termos de resultados, Evans se destacou na temporada passada em relação ao parceiro, ao garantir 4 vitórias, enquanto Bird não subiu ao pódio. Além disso, Mitch terminou a rodada 8 como vice-campeão.

Vale mencionar que Evans está com a Jaguar desde a estreia da escuderia britânica em 2016/2017, e sempre superou seus parceiros de equipe, dentre eles, o brasileiro Nelson Piquet Jr, nas temporadas 2017/2018 e 2018/2019.

Bird, que participou de todas as corridas da Fórmula E até agora, corre em sua segunda escuderia na carreira, já que fez parte do line-up principal da Envision de 2014/2015 a 2019/2020 e ingressou na Jaguar na temporada 2020/2021. Para este ano, Sam precisa se aproximar de Mitch caso queira permanecer na Jaguar TCS Racing em 2023/2024.

Número dos pilotos:

Mitch Evans – #9

Sam Bird – #10

Mahindra Racing
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

Para a rodada 2022/2023, a Mahindra Racing contratou o brasileiro Lucas Di Grassi para assumir o lugar de Alexander Sims, este que não fez uma boa temporada ano passado. Campeão da campanha 2016/2017, Di Grassi será o novo parceiro de Oliver Rowland.

Na escuderia indiana, Lucas veste o macacão de uma equipe diferente pela terceira vez em sua carreira, após ter feito parte da Audi Sport ABT de 2014/2015 a 2020/2021, e da Venturi Racing em 2021/2022. Oliver ingressou na Mahindra como titular em 2021/2022, e correu para a e.dams de 2018 a 2021.

Vale lembrar que Di Grassi venceu um E-Prix ano passado: a segunda corrida em Londres, a décima quarta etapa do calendário, a sua 13ª vitória da carreira, e se tornou um dos pilotos com mais P1s na Fórmula E, ao lado de Sébastien Buemi, este que também possui 13.

Número dos pilotos:

Oliver Rowland – #8

Lucas Di Grassi – #11

Maserati MSG Racing
(Foto: Sam Bloxham)

A Maserati é uma das duas novas montadoras a estrearem na era Gen3 e, de certa forma, a que chama mais atenção. A fabricante italiana inicia uma temporada no mundo do automobilismo pela primeira vez desde 2011, após ter participado da FIA GT World Cup de 2004 a 2010. Antes disso a marca do tridente correu na Fórmula 1 entre 1952 e 1958, e possibilitou a conquista do 5º e último título de Juan Manuel Fangio, em 1957.

Para entrar no grid da temporada 2022/2023, a Maserati uniu forças com a escuderia Venturi Racing, que agora leva o nome da montadora e passa a se chamar Maserati MSG Racing. Em relação aos pilotos, o alemão Max Günther é o novo parceiro de equipe de Edoardo Mortara.

Günther, que surpreendeu nos testes pré-temporada (detalhes no final da matéria), segue para disputar sua quinta campanha na Fórmula E, após estrear como um dos titulares na Dragon em 2018/2019, passar as duas temporadas seguintes na Andretti, e correr pela Nissan e.dams na última rodada (2021/2022). Max já possui três vitórias na F-E e irá em busca de aumentar sua coleção de troféus de vencedor de E-Prix.

No outro carro e o mais experiente da dupla, já que figura na classe desde 2017/2018, Mortara vem de uma disputa de campeonato acirrada e, por pouco (44 pontos), não conquistou seu primeiro caneco na F-E. O automobilista suíço garantiu 4 vitórias ano passado e finalizou em terceiro na classificação final de pilotos. Mais uma vez nas instalações da Venturi, desde sempre, Edoardo inicia mais uma campanha com foco na briga pelo título.

Número dos pilotos:

Edoardo Mortara – #48

Maximilian Günther – #7

NEOM McLaren
(Foto: Sam Bloxham)

A outra montadora a fazer parte do grid da Fórmula E de forma inédita, assim como a Maserati, é a McLaren. A fabricante britânica de super carros corre em diversas categorias (Fórmula 1, IndyCar e Extreme E) e assumiu a estrutura da Mercedes-EQ, que deixou a F-E no final da temporada anterior. Nyck de Vries, um dos campeões da equipe Mercedes, correrá na F1 a partir deste ano pela Scuderia AlphaTauri e está fora do grid da F-E.

Sob o nome de NEOM McLaren, a escuderia decidiu uma combinação de pilotos que pode ser chamada de mestre e aprendiz: René Rast e Jake Hughes, respectivamente. Rast, que iniciou sua jornada na classe 100% elétrica em Berlim em 2019/2020 e ficou de fora do grid ano passado, retorna com sede do que ainda não alcançou na categoria: vitórias.

O segundo titular da McLaren, Hughes, é novato e acaba de vir de uma fraca temporada na Fórmula 2, a principal categoria de acesso à Fórmula 1, ao terminar em 16º no campeonato. Jake foi piloto reserva e de desenvolvimento das equipes Venturi e Mercedes-EQ nas campanhas 2020/2021 a 2021/2022, o que facilitou a entrada do britânico na NEOM McLaren. Hughes precisa dar a volta por cima e fazer uma boa estreia como titular para garantir sua permanência na escuderia e na Fórmula E.

Número dos pilotos:

Jake Hughes – #5

René Rast – #58

NIO 333 Racing
(Foto: Simon Galloway/LAT Images/FIA Formula E)

A NIO 333 chega à rodada 2022/2023 com apenas um piloto familiar: Dan Ticktum. Com a ida de Oliver Turvey para a DS PENSKE, como reserva e conselheiro esportivo, a escuderia chinesa decidiu investir no brasileiro Sergio Sette Camara. O mineiro de 24 anos ingressa em sua segunda equipe na F-E, após ter corrido pela Dragon no final da temporada 2019/2020 e se tornar titular nas duas últimas temporadas.

Ao compararmos o desempenho de Sette Camara e Ticktum no ano passado, Sergio se saiu melhor, ao finalizar em vigésimo na classificação final de pilotos, com 2 pontos, 1 a frente de Dan, este que concluiu o campeonato atrás do brasileiro. Vale lembrar que a Dragon e a NIO possuíam praticamente o mesmo ritmo de corrida.

Número dos pilotos:

Dan Ticktum – #33

Sergio Sette Camara – #3

Nissan
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

Para a era Gen3, a Nissan decidiu comprar a escuderia e.dams e contratar uma nova dupla de pilotos, já que dispensou Max Guenther e perdeu seu campeão, Sébastien Buemi, para a Envision. Este ano, os franceses Norman Nato e Sacha Fenestraz formam o line-up da equipe japonesa.

Norman ingressou na Fórmula E como titular em 2020/2021 pela Venturi Racing, após passar as duas temporadas anteriores como reserva e desenvolvimento da equipe monegasca. De lá pra cá, o francês já garantiu 1 vitória e 1 pódio em 17 corridas; isso mostra o potencial de Nato que fez a Nissan o contratar.

No segundo carro da escuderia asiática, Fenestraz ingressa como titular na classe elétrica pela primeira vez, após ter sido reserva da Jaguar TCS Racing ano passado. Curiosamente, Sacha já disputou um E-Prix: a corrida 2 em Seul. Na última etapa do calendário 2021/2022, o competidor de 23 anos largou na P21 e cruzou a linha de chegada 5 posições acima, na P16. Em sua estreia, o jovem francês irá em busca de seus primeiros pontos na Fórmula E.

Número dos pilotos:

Sacha Fenestraz – #23

Norman Nato – #17

TAG Heuer Porsche
(Foto: Sam Bloxham/LAT Images/FIA Formula E)

Por fim, a TAG Heuer Porsche chega a sua quarta campanha consecutiva na F-E com apenas um piloto diferente em seu line-up: o campeão da temporada 2019/2020, António Félix da Costa, que será o novo parceiro de Pascal Wehrlein.

Da Costa, presente no grid desde a segunda etapa da temporada inaugural, foi contratado pela escuderia alemã após ficar sem lugar por conta da saída da última equipe pra quem correu e foi campeão (Techeetah). Antes, o português já havia representado a extinta equipe Aguri (de 2014 a 2016) e a Andretti (entre 2016/2017 e 2018/2019).

No outro cockpit, Wehrlein fez sua estreia na F-E em 2018/2019 pela Mahindra Racing, pra quem prestou serviços como piloto titular até a metade da rodada 2019/2020, pois saiu da escuderia indiana antes mesmo do término do contrato para se juntar a Porsche. Pascal já possui 1 vitória e 3 pódios na F-E e disputará sua quinta temporada na categoria elétrica.

Número dos pilotos:

Pascal Wehrlein – #94

António Félix da Costa – #13

Novidades

O novo carro

(Foto: Fórmula E/Divulgação)

Em sua temporada de estreia, o Gen3 chega para ser o carro mais rápido, eficiente e sustentável da história da Fórmula E. O modelo representa um verdadeiro salto em termos de corrida em comparação ao modelo anterior.

Primeiramente, o carro da terceira geração possui um motor 100 kW mais potente que o Gen2, uma velocidade máxima 42 km/h mais alta e 350 kW extra de recuperação de energia. Além disso, é o primeiro carro a ter dois trens-de-força: um no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro.

Quanto ao quesito sustentabilidade, as baterias do Gen3 são feitas de minerais 100% sustentáveis; a carroceria é composta de linho e fibra de carbono reciclada; e os pneus terão 26% de borracha natural e de fibras reaproveitadas. Importante mencionar que os pneus gastos durante todas as corridas da temporada 2022/2023 serão reciclados logo após a bandeira quadriculada.

Atualizações no regulamento desportivo

(Foto: Sam Bagnall)

Com a entrada do Gen3, a Fórmula E promoveu várias alterações no regulamento de corridas e promoveu mudanças significativas para cada E-Prix daqui para frente:

  • Tempo de volta será substituído por número de voltas (nos casos de entradas de Safety Car ou bandeira amarela completa, serão concedidas voltas adicionais);
  • Fanboost deixa de existir para dar lugar a Recarga de Ataque, uma parada obrigatória nos boxes de 30 segundos para gerar um impulso extra de dois modo ataque, que disponibilizará 50 kW de potência a mais (de 300 kW para 350 kW) para ser utilizado em provas selecionadas no decorrer da temporada;
  • e cada equipe deverá convocar seus pilotos de teste e reservas para participarem de pelo menos duas sessões de Treinos Livres 1 durante a temporada (apenas pilotos que nunca competiram na categoria).

Carregador oficial do Gen3

(Foto: ABB/Fórmula E/Divulgação)

Para possibilitar as recargas rápidas nas corridas, a ABB, patrocinadora nominal da Fórmula E, fornecerá carregadores portáteis com dois conectores, para viabilizar o aumento da porcentagem de bateria de dois carros simultaneamente.

Os carregadores tem 160 kW de potencia e entregam 80 kW para cada um dos dois carros, o que facilitará a vida das equipes, que não precisarão se preocupar com confusões em pit-stops duplos durante as provas.

Nova fornecedora de pneus

(Foto: Divulgação)

Depois de encerrar a aliança com a Michelin, a Fórmula E anunciou que a fabricante de pneus sul-coreana, Hankook Tire, será a fornecedora oficial de compostos da categoria para a era Gen3. Com suas filosofias e medidas sustentáveis, a fabricante asiática foi a escolha perfeita para a nova era da classe 100% elétrica.

A Hankook também será a patrocinadora nominal de cinco corridas este ano: o E-Prix do México, e os E-Prix duplos de Roma e de Londres.

Ausência de uma equipe campeã

(Foto: Sam Bloxham)

A bicampeã de equipes na Fórmula E, Techeetah, anunciou que não participará do campeonato 2022/2023. Segundo o portal The Race, a saída da montadora DS (que se juntou à PENSKE) reacendeu a crise financeira que a escuderia chinesa enfrentava desde 2017.

A Techeetah pretende retornar à F-E em 2024 mas, para isso, precisará de apoio de outro patrocinador nominal.

Equipes que se destacaram nos testes em Valência
Tabela de melhores tempos em geral dos testes pré-temporada (Imagem: Fórmula E/Divulgação)

Em dezembro, os testes pré-temporada no Circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha) revelaram um pouco do que podemos esperar das equipes na nona temporada da categoria elétrica. Ao todo, 5.128 voltas no total foram dadas pelos 22 pilotos do grid, ou mais de 17.300 quilômetros.

Nos cinco dias de testes, há uma competidora que chamou atenção por seu forte desempenho: a Maserati MSG Racing. Com Max Günther, a escuderia monegasca liderou 5 das 7 sessões, e o piloto de 25 anos marcou o tempo geral mais rápido dos testes, com 1:25.127s, seguido de Stoffel Vandoorne e de Jean-Éric Vergne.

Curiosamente, Vandoorne ficou atrás de Günther por 1 décimo de segundo na volta final da última sessão de testes em pista seca, o que mostra como a DS PENSKE é outra equipe que promete brigar por vitórias e pelo campeonato.

Transmissão
(Foto: Simon Galloway)

A partir deste ano, as corridas da Fórmula E passarão a ser transmitidas no Brasil pela Rede Bandeirantes de Televisão: Band e BandSports.

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