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FÓRMULA 1 – Leclerc repete “maldição” de pilotos que correram pela Ferrari – 2022

Do início promissor ao final tortuoso, equipe italiana tem deixado seus pilotos na mão há mais de 10 anos.

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Leclerc tem sofrido com os erros da Ferrari e luta para não ter um final semelhante ao de outros pilotos da equipe italiana | Foto: Pirelli F1 Press Area
Leclerc tem sofrido com erros da Ferrari e luta para não ter um final semelhante ao de outros pilotos da equipe italiana | Foto: Pirelli F1 Press Area

A Fórmula 1 teve sua oitava corrida da temporada realizada em Baku, no último domingo, 12, com a vitória de Max Verstappen, da Red Bull. Completando o pódio, Sergio Pérez em 2°, e George Russell, da Mercedes, na 3ª colocação. Enquanto isso, a Ferrari amargou dois abandonos com Charles Leclerc e Carlos Sainz por problemas de motor, e viu a Red Bull abrir 80 pontos de vantagem no campeonato de construtores. Entretanto, isso não tem sido uma novidade nos últimos anos. Os italianos, desde 2008, têm decepcionado seus pilotos na disputa por títulos. Felipe Massa, Fernando Alonso e Sebastian Vettel sofreram na pele o que Leclerc está passando agora.

O AZAR DE LECLERC

Após uma largada ruim de Leclerc, o monegasco e a Ferrari acertaram na estratégia de trocar os pneus durante o Virtual Safety Car causado pelo abandono do seu companheiro Sainz. Após isso, Leclerc ganhou a colocação de Perez enquanto o mexicano foi para os boxes, vindo em uma posição confortável para que quando Verstappen fosse para o pit-stop, tomasse a ponta do holandês. Mas, se tratando da Ferrari, tudo pode acontecer. Na volta 20, o motor do F1-75 não resistiu e “abriu o bico”, deixando o monegasco na mão em mais uma oportunidade. 

Essa não é a primeira vez que Leclerc vê a vitória escapar de suas mãos por um erro da equipe italiana. Ainda nesse ano, em Barcelona, Leclerc também abandonou com problemas em seu carro. Em Mônaco, Charles viu a Ferrari errar na estratégia de parada nos boxes, tirando sua vitória em casa para um péssimo 4° lugar. Vale lembrar também que na sua 2ª corrida pela Ferrrari, no Bahrein em 2019, Leclerc liderava a corrida e tinha de tudo para ganhar, porém uma falha no motor arrancou as chances de sua 1ª vitória na categoria.

A “MALDIÇÃO” DA FERRARI

Os erros têm sido constantes na Ferrari nas últimas temporadas. O último período vitorioso da equipe foi durante o domínio de Michael Schumacher, quando o piloto “reconstruiu” a equipe, trazendo engenheiros de fora da Ferrari (e de fora da Itália). Após Schumacher, apenas o finlandês Kimi Raikkonen, em 2007, foi campeão pelo carro vermelho. Depois de Raikkonen, a Ferrari colecionou fracassos.

Em 2008, apesar de ter levado o campeonato de construtores, a Ferrari vacilou com Felipe Massa – e com nós, brasileiros – ao cometer uma série de erros amadores na temporada. Como exemplo, o estouro do motor na Hungria há 3 voltas do final, quando Massa liderava a prova, e o episódio mais famoso: a mangueira de combustível presa em Cingapura, quando o brasileiro também estava liderando. 20 pontos fáceis perdidos, que no final, levaram Massa a ficar a apenas 1 pontos atrás de Hamilton, tendo talvez o vice-campeonato mais angustiante da história.

Com Alonso, não foi diferente. Em 2010 e 2012, o espanhol liderou boa parte do campeonato com uma boa margem para Sebastian Vettel, porém, na última corrida das temporadas, Abu Dhabi e Interlagos, Vettel se sagrou campeão e tricampeão, respectivamente. Claro, no caso de Alonso foi um pouco diferente. O espanhol teve uma parte da culpa. Em principal, em Abu Dhabi 2010, quando ficou mais de 40 voltas atrás do russo Vitaly Petrov sem conseguir ultrapassá-lo, vendo suas chances de tricampeonato irem embora. Após esse caso, até mesmo a Fórmula 1 procurou fazer alterações em seu regulamento, criando o DRS (asa móvel).

Já o mais recente, Sebastian Vettel, a Ferrari teve uma parte menor de culpa, apesar de ainda ter deixado o alemão na mão. Em 2018, e principalmente em 2017, o carro italiano foi um modelo muito bem nascido, com Vettel vencendo 4 provas e chegando 4 vezes em 2° nas primeiras 11 corridas da temporada. Na segunda metade de ambos os anos, a Ferrari sofreu com as atualizações do carro e viu a Mercedes ser constantemente mais rápida na pista. Como se já não bastasse, Vettel ainda cometeu uma série de erros, como o acidente na largada em Cingapura ‘17 e a saída de pista na Alemanha ‘18, quando o alemão liderava tranquilamente a prova enquanto Hamilton tinha largado de 14°. A partir desse Grande Prêmio, Vettel desandou, cometendo cada vez mais erros. O alemão nunca mais foi o mesmo.

E chegamos a Leclerc, que pela primeira vez se vê em um carro com potencial de disputar o campeonato, mas está sentindo os erros da Ferrari na pele. Ainda há 14 provas para serem disputadas em 2022, tendo tempo de sobra para os italianos corrigirem os erros e voltarem à briga pelo título. Resta saber se conseguirão, pela primeira vez em muito tempo, dar a volta por cima.

A Fórmula 1 volta na próxima semana, nos dias 17 a 19 de maio, no circuito Gilles Villeneuve, em Montréal, no Canadá, que não recebe a F1 desde antes da pandemia, em 2019. Calendário completo aqui!

 

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