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FÓRMULA 1 – Pódio de Alonso mostra que idade na Fórmula 1 é só mais um número – 2021

3º lugar do bicampeão levanta discussão sobre o aumento na longevidade dos pilotos na categoria

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Fernando Alonso erguendo seu troféu de 3º colocado no pódio do Catar. Foto: Instagram de Fernando Alonso
Fernando Alonso erguendo seu troféu de 3º colocado no pódio do Catar. Foto: Instagram de Fernando Alonso

O pódio de Fernando Alonso no GP do Catar, realizado há quase 2 semanas, mostrou que a idade na Fórmula 1 vem se tornando um tema secundário no esporte. Na primeira temporada voltando para a categoria máxima do automobilismo, o espanhol faz um excelente ano pela Alpine, tendo marcado 77 dos 137 pontos da equipe, e tem superado seu companheiro, o jovem e promissor Esteban Ocon, por uma boa margem de diferença.

É de deixar qualquer espectador surpreso o feito de Alonso, visto que não é comum sair da Fórmula 1 e ao retornar, estar em grande fase. Como exemplo, o heptacampeão Michael Schumacher, que se ausentou das pistas por 3 anos, entre 2007 a 2009, e quando voltou, foi superado por três temporadas com facilidade por seu então companheiro, Nico Rosberg.

O terceiro lugar de Alonso abriu discussão para a importância (ou não) da idade para guiar um Fórmula 1. O espanhol, com 40 anos, parece ter tanta disposição como estreantes, e, assim como o vinho, mostra que envelhecer nem sempre é ruim. Além de Fernando, Raikkonen e Hamilton são exemplos que a idade está virando algo secundário na F1. Lewis, está com 36 anos e continua com o arrojo e habilidade de sempre. Há não muito anos, Schumacher anunciaria sua primeira aposentadoria aos 37, em 2006.

É notável que, enquanto a média da idade dos pilotos da Fórmula 1 tem diminuído nos últimos anos (a temporada de 2019 contou com uma média de 26,4 anos), o “tempo de vida” dos pilotos tem aumentado na categoria. Não à toa, os três pilotos que mais fizeram ultrapassagens na temporada de 2021 são, até o momento, Alonso, Vettel e Raikkonen (com 116, 115 e 115 ultrapassagens respectivamente). Não só na Fórmula 1, como em todos os outros esportes, a idade tem se transformado em só mais um número, vide Cristiano Ronaldo e Messi, com 36 e 34 anos respectivamente, que ainda jogam em altíssimo nível.

Como um atleta de alto nível ainda consegue manter um bom ritmo mesmo com uma idade mais avançada?

Atualmente, não há como um piloto ter mais a famigerada “vida de James Hunt”, com bebedeiras, drogas e o estilo “dane-se!” de ser. Apesar de o piloto com o estilo mais próximo ser Kimi Raikkonen, o mesmo ainda tem de se submeter a treinos físicos diários e aos simuladores, tanto para se manter em forma, quanto para ajudar no desenvolvimento de sua equipe, a Alfa Romeo. Aliás, o mesmo Kimi Raikkonen, com 42 anos, vem superando seu companheiro de equipe, o italiano Antonio Giovinazzi, por um placar de 10 pontos a 1. Hoje em dia, o nível da competição é o mais elevado da história, sendo decidido nos detalhes (ou milésimos, se preferir). Ou seja: com diferenças tão pequenas, qualquer ganho é bem-vindo. Isso inclui desde menos quilos de pintura, até mais horas no simulador. Se há algumas décadas a idade avançada era um motivo de um maior “relaxo” dos pilotos, atualmente para se manter na categoria máxima do automobilismo é necessário esforço e dedicação a todo momento.

A Fórmula 1 está vivendo um momento mágico e altamente equilibrado, dando a possibilidade de jovens de 20 anos duelarem na pista com outros “jovens” de 40. Kimi e Fernando correram com os pais Schumacher e Verstappen, e quase 20 anos depois, correm contra seus filhos, Mick e Max. É ótimo para os pilotos, para as equipes e especialmente, para o público, que grandes e consagrados pilotos estejam e continuem guiando em alto nível sem a interferência da idade. Um brinde à longevidade dos atletas.

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