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FÓRMULA 1 – Vitória de Verstappen e outros destaques do GP de São Paulo – 2024

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(Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images/Red Bull Content Pool)
Disputa caótica sob chuva mostrou dobradinha da Alpine no pódio, pesadelo para a McLaren, bandeira preta para Hulkenberg e Racing Bulls de volta à zona de pontos.

A Fórmula 1 realizou ontem (3) o Grande Prêmio de São Paulo, a vigésima primeira etapa da temporada, em formato Sprint, que aconteceu no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, bairro da zona sul da capital paulista.

O vencedor da Sprint Race no sábado foi Lando Norris, seguido do ocupante da P1 no grid de largada, Oscar Piastri, e de Charles Leclerc. Max Verstappen, originalmente dono da P3 na Sprint, ganhou +5s no tempo final e caiu para a P4, por infringir a regras de um Safety Car Virtual.

A competição de domingo aconteceu sob chuva, o que gerou várias interrupções e um atraso na largada. A volta de apresentação precisou ser refeita, devido a um incidente de Lance Stroll. O canadense rodou na curva 4 e tentou voltar para o traçado pela caixa de brita, mas ficou preso e abandonou. Na segunda tentativa, Norris puxou o grid sem autorização, pois a nova saída tinha sido abortada. Por conta dos dois giros extras, o número de voltas foi reduzido de 71 para 69.

No fim, quem levou a melhor e de forma surpreendente foi Verstappen. Depois de largar da P17, Max escalou o pelotão, não trocou os pneus antes de uma bandeira vermelha (gerada por uma Williams na volta 32/69) e venceu o GP, seguido dos pilotos da Alpine Esteban Ocon e Pierre Gasly, que fizeram o mesmo e mantiveram as posições privilegiadas até a linha de chegada.

O Piloto do Dia, eleito na votação oficial da Fórmula 1, foi Max Verstappen, que também garantiu o ponto extra da volta mais rápida, ao cravar o melhor tempo de 1:20.472s na volta 67. O companheiro do tricampeão, Sergio Perez, enfrentou dificuldades no GP, chegou a rodar na pista e concluiu na P11.

Da esquerda para a direita, Esteban Ocon e Pierre Gasly (Foto: Marian Chytka/Media Alpine Cars)

Vale mencionar que o pódio da Alpine em Interlagos com dobradinha foi a segunda melhor finalização da equipe francesa desde sua transição nominal de Renault para Alpine, que ocorreu na campanha 2021. No GP da Hungria do mesmo ano, Ocon venceu a corrida no Hungaroring, enquanto o parceiro do francês na época, Fernando Alonso, terminou na P4. Outro fato curioso é que, com o impressionante resultado de ontem, a Alpine subiu da P9 para a P6 no Campeonato de Construtores.

Pela primeira vez desde 2007, a bandeira preta foi mostrada para Nico Hulkenberg. O alemão da Haas perdeu o controle do VF-24 na entrada da curva 1 e, após girar e ficar preso na área de escape, os fiscais de pista empurraram Hulkenberg, que conseguiu voltar para o traçado. Por isso, a direção de prova desclassificou o piloto #27 do GP paulista, já que o competidor não pode receber auxílio externo para retornar ao circuito.

No lugar do afastado por problemas de saúde, Kevin Magussen, Oliver Bearman fez a sua pior corrida desde a sua estreia na Fórmula 1. O titular da Haas para o ano que vem não soube lidar com a superfície molhada do asfalto em Interlagos e, além de perder o controle do VF-24 várias vezes, ainda chegou a tocar na traseira de Franco Colapinto.

Diante desse incidente, que fez o próprio Berman girar, o britânico foi penalizado em +10s, e foi um dos dois automobilistas a receber essa penalidade na disputa. Dessa forma, a Haas saiu do Brasil completamente frustrada.

No total, cinco competidores abandonaram o Grande Prêmio de São Paulo. Isso inclui o único carro da Williams Racing que largou: o FW46 de Colapinto, que acabou destruído no muro da reta dos boxes e gerou uma bandeira vermelha. Alex Albon não correu devido a complexidade dos danos no chassi de seu carro após a forte batida que sofreu no Q3.

Importante lembrar que o classificatório foi adiado para a manhã de domingo por conta da forte chuva que caiu no autódromo na tarde de sábado. Além disso, o GP foi adiantado de 14h para 12h30.

Análise de desempenho:
Mercedes

Terceira melhor colocada no top 10 final, a Mercedes vivenciou um final de semana complicado em São Paulo, já que apenas George Russell marcou pontos significativos para a equipe. Na Sprint Race, o britânico do carro #63 largou na P6 e cruzou a linha de chegada na mesma posição de origem. Por outro lado, o companheiro de Russell, Lewis Hamilton, foi apenas o 11° colocado.

Na corrida principal de domingo, George garantiu uma belíssima P2 no grid de partida e converteu a posição em uma P4. Enquanto isso, Hamilton ficou de fora na primeira parte da classificação (Q1), e viu o apagar das luzes da P14. Durante o GP, Lewis sofreu no volante do W15, pois não encontrava aderência e foi um dos que rodaram. Pelo menos, o heptacampeão finalizou na zona de pontuação, na P10.

Ferrari

Fora da briga pela ponta, a Ferrari aproveitou bem a sua passagem por Interlagos, ao marcar pontos preciosos no Campeonato de Construtores. Na Sprint de sábado, Charles Leclerc e Carlos Sainz chegaram na P3 (com a punição sobre Max Verstappen) e P5, de forma respectiva.

No domingo, o motivo de alegria da Scuderia foi Leclerc, que saiu da sexta posição e conquistou o último lugar do top 5, em quinto. No outro SF-24 da Ferrari, Sainz foi um dos que se perderam na prova. O espanhol acabou no muro e abandonou a etapa brasileira.

McLaren

Sem dúvidas, a disputa em território Paulista foi um pesadelo para a McLaren, que começou o fim de semana bem, mas não sustentou o ritmo em pista molhada. Na corrida de 100 km, Lando Norris e Oscar Piastri concluíram no topo, respectivamente, e somaram o máximo de pontos possíveis no sábado.

Porém, no Grande Prêmio, tudo desmoronou a partir da largada. O pole sitter Norris foi superado por Russell antes da curva 1 da primeira volta e, a partir daí, o britânico e começou a cometer vários erros de pilotagem e recebeu a bandeirada final na P6.

No outro MCL38 da escuderia britânica, Piastri recebeu uma penalização de +10s por tirar Liam Lawson da pista na entrada da sequência do S do Senna na volta 26/69. Por isso, o australiano de 23 anos encerrou na P8.

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A Racing Bulls deixou São Paulo com um sentimento de que poderia ter entregado mais, já que a equipe satélite da Red Bull Racing não aproveitou a Sprint Race. Liam Lawson largou da oitava colocação e encerrou a corrida curta na P9, enquanto o companheiro do neozelandês, Yuki Tsunoda, ganhou apenas duas posições no sábado e acabou na P15.

No dia seguinte, debaixo de chuva, a dupla conseguiu superar todas as dificuldades pelo caminho. Tsunoda garantiu uma P7 em Interlagos, depois de largar em terceiro, devido a série de interrupções no classificatório. Lawson, que se qualificou em quinto, a melhor posição do piloto #30 em um grid de largada da Fórmula 1, levou a P9.

Equipes que não pontuaram

As escuderias que terminaram o Grande Prêmio de São Paulo fora da zona de pontuação foram a Haas, a Kick Sauber (que permanece zerada na classificação de construtores), a Aston Martin e a Williams Racing.

Top 10 do Campeonato de Pilotos:

1 – Max Verstappen #1 (Red Bull Racing) – 393 pts

2 – Lando Norris #4 (McLaren) – 331 pts

3 – Charles Leclerc #16 (Scuderia Ferrari HP) – 307 pts

4 – Oscar Piastri #81 (McLaren) – 262 pts

5 – Carlos Sainz #55 (Scuderia Ferrari HP) – 244 pts

6 – George Russell #63 (Mercedes-AMG F1) – 192 pts

7 – Lewis Hamilton #44 (Mercedes-AMG F1) – 190 pts

8 – Sergio Perez #11 (Red Bull Racing) – 151 pts

9 – Fernando Alonso #14 (Aston Martin Aramco) – 62 pts

10 – Nico Hulkenberg #27 (MoneyGram Haas) – 31 pts

Campeonato de Construtores:

1 – McLaren – 593 pts

2 – Scuderia Ferrari HP – 557 pts

3 – Red Bull Racing –544 pts

4 – Mercedes-AMG F1 – 382 pts

5 – Aston Martin Aramco – 86 pts

6 – Alpine F1 Team – 49 pts

7 – Haas F1 Team – 46 pts

8 – Visa Cash App RB – 44 pts

9 – Williams Racing – 17 pts

10 – Kick Sauber – 0 pts

A próxima etapa da temporada 2024 da Fórmula 1 será o Grande Prêmio de Las Vegas, no dia 23 de novembro.