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FÓRMULA E – Aquecimento para o E-Prix de Seul – 2022

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(Foto: Sam Bagnall/Formula E)
Saiba os detalhes e o que esperar da grande final do campeonato 2021/2022.

A Fórmula E está de volta nesse final de semana (13 e 14 de agosto) para realizar a estreia do E-Prix de Seul, na Coréia do Sul, as etapas 15 e 16 e a mais nova rodada dupla do calendário. Essa competição encerrará a oitava temporada e revelará o piloto e equipe vencedores dos respectivos campeonatos.

Inicialmente, essa prova estava programada para acontecer na campanha 2019/2020, mas foi cancelada devido a pandemia do novo coronavírus. Mas, este ano, as 11 equipes e 22 automobilistas do grid enfim se enfrentarão no Complexo Esportivo que recebeu as Olimpíadas de 1988: o Parque Olímpico de Seul.

O E-P sul-coreano será um marco importante para a F-E, não só pela sua tão esperada inauguração, mas porque a segunda prova no Leste da Ásia (a de domingo) marcará a corrida de número 100 da classe mais alta do automobilismo elétrico.

Lucas Di Grassi vence a etapa 14 em Londres (Foto: Sam Bloxham/Fórmula E)

Essa disputa inédita também trará outra contribuição para a parte estatística da Fórmula E: a busca de Lucas Di Grassi pelos 6 pontos que concederão ao campeão brasileiro a conquista da pontuação de quatro dígitos: 1000.

Na etapa anterior, em Londres, Di Grassi garantiu a vitória na segunda prova, o que lhe permitiu alcançar um total de 994 pontos em sua carreira. Assim, o competidor do carro #11 da Venturi pode conseguir seu milésimo ponto nesse fim de semana.

Layout do circuito de Seul
Circuito urbano de Seul (Imagem: Fórmula E/Divulgação)

O circuito de rua sul-coreano apresenta um layout diferente e curioso se comparado com outros homologados pela FIA. A pista asiática possui uma reta principal que se inicia após a penúltima curva (21), curvas fechadas, trechos sinuosos com várias curvas consecutivas, e setor final em formato de quadrado arredondado.

O traçado de baixa a média velocidade conta com 2.618 km de extensão, 22 curvas e, por ser um estreante na F-E, o recorde de volta mais rápida se encontra nulo, o que mudará com o piloto mais rápido nesse final de semana.

Um fato curioso desse novo local de prova da Fórmula E, é que os carros entrarão no Estádio Olímpico Jamsil, ao passarem pelas curvas 7 a 14, o que será interessante de ver, principalmente para os fãs nas arquibancadas.

O que esperar da disputa na Coréia do Sul
(Foto: Sam Bloxham/Fórmula E)
Sem dúvidas, correr em um território desconhecido sempre traz surpresas e um toque a mais de imprevisibilidade para as corridas. Um dos principais desafios esperados em Seul é em relação ao clima: as altas temperaturas no Complexo Olímpico podem dificultar o controle de aquecimento das baterias.

Outro fator importante a ser considerado pelas equipes e pilotos é o nível elevado de umidade em Seul, que também costuma gerar chuvas e ventos fortes.

As chances de intervenções de bandeiras amarelas e Safety Cars são grandes, principalmente devido aos trechos apertados e sinuosos presentes entre as curvas 1 a 6 do circuito asiático.

Expectativa dos pilotos brasileiros
Lucas Di Grassi (Foto: LAT Images/Fórmula E)

Lucas Di Grassi #11 (ROKIT Venturi Racing): “A temporada 8 termina neste fim de semana e eu só tenho um objetivo: entregar o título do Campeonato de Equipes para a ROKiT Venturi Racing. Em Londres, continuamos a mostrar que temos ritmo para lutar na frente e nos preparamos bastante para estarmos na melhor posição possível.

“Seul também marca o capítulo final da geração atual da Fórmula E e será minha 100ª corrida na categoria, algo que será muito especial. Não será surpresa para ninguém que eu continue lutando até o fim.”

Posição no campeonato: 6° (111 pts).

Da direita para a esquerda, Sergio Sette Camara apertando as mãos de Antonio Felix da Costa (Foto: Sam Bloxham/Fórmula E)

Sergio Sette Camara #7 (DRAGON/PENSKE AUTOSPORT): Estou muito animado pra corrida em Seul: pista nova, última etapa da temporada com um carro que vai ser aposentado, enfim, várias vibrações boas.

Viemos de dois finais de semana positivos, tanto em Nova York quanto em Londres, este último em que garanti meus primeiros pontos e a primeira pontuação da equipe neste ano.

É sempre difícil fazer previsões de uma corrida em um novo circuito, mas pelo que observamos no simulador, esse traçado parece ser favorável para o nosso carro e temos tudo para nos sairmos bem aqui.

Posição no campeonato: 20° (2 pts).

Situação dos campeonatos

Na classificação de pilotos, Stoffel Vandoorne é o líder e principal favorito ao título, já que está com 185 pontos, 36 de vantagem sobre o segundo colocado, Mitch Evans, e 41 de distância do ocupante da P3, Edoardo Mortara.

Na tabela de equipes, A Mercedes EQ também está no topo, com 291 pontos, 36 a mais que a ROKIT Venturi Racing e 47 acima da DS TECHEETAH, donas da segunda e terceira colocações, respectivamente. A marca alemã tem uma grande chance de alcançar o bicampeonato, o que seria um modo perfeito de encerrar sua passagem na Fórmula E.

Novidades

A despedida de uma montadora

(Foto: Sam Bloxham/Fórmula E)

A Mercedes anunciou em agosto do ano passado que a temporada 2021/2022 da categoria elétrica será a última disputada pela fabricante alemã que, a partir de 2023, focará apenas na Fórmula 1. A decisão veio da Daimler, atual dona da Mercedes-Benz, que vê a F1 como um investimento mais viável e promissor quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias para os carros de rua.

Apesar da saída da montadora com sede em Stuttgart, as operações da equipe serão reaproveitadas pela McLaren, que estreará na próxima temporada da Fórmula E. Quanto aos pilotos, Stoffel Vandoorne e Nyck De Vries, a McLaren afirmou que não pretende permanecer com o mesmo line-up, mas entrar na categoria com caras novas.

O ano de 2023 permanece incerto para o atual campeão, De Vries, e para o possível vencedor do campeonato deste ano, Vandoorne, principalmente por conta da agitação no mercado de pilotos da Fórmula 1.

Última aparição do Gen2

(Foto: Simon Galloway/LAT Images/Formula E)

A oitava rodada da F-E também marca a despedida do carro da segunda geração (Gen2), que estreou em 2018/2019 e trouxe como diferencial uma bateria de maior capacidade e um trem-de-força mais eficiente, que eliminou a necessidade dos pilotos correrem com dois carros durante as provas.

O novo modelo, o Gen3, entrará em cena a partir da próxima temporada, assim como a montadora italiana Maserati, que retornará ao automobilismo 66 anos depois da conquista do pentacampeonato de Juan Manoel Fangio na F1, em 1957.

Transmissão no Brasil

A TV Cultura e o SporTV2 transmitirão o E-Prix de Seul ao vivo no sábado e no domingo, às 03h30 da manhã, segundo o horário de Brasília.

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