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Fórmula 1 busca mais competitividade e renovação com novo regulamento para a temporada 2022

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Fonte: Unsplash
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A disputa entre Max Verstappen e Lewis Hamilton marcou a temporada passada da Fórmula 1. Entretanto, isso não quer dizer que 2021 foi de equilíbrio na pista, pois apenas os dois pilotos lutaram pelo título. Isso é algo que pode mudar neste ano, com o novo regulamento e o investimento crescente de equipes menores. A ideia é que a categoria consiga uma grande renovação, e as corridas fiquem cada vez mais disputadas e interessantes aos fãs de automobilismo.
No guia criado pelo portal Terra, e divulgado em março, é possível identificar um otimismo com os resultados da pré-temporada de algumas equipes menores, como a Williams, a Alfa Romeo e a Haas. Em 2021, essas três marcas juntas conseguiram apenas 36 pontos. Última colocada na classificação de construtores, a Haas não conseguiu pontuar em nenhum GP, algo muito ruim para a categoria. Porém, isso deve mudar em 2022, caso os planos da Liberty Media funcionem.
A dona da F1 realizou várias mudanças no regulamento da categoria, e começou a oferecer algumas ajudas extras para as piores equipes do grid. Por exemplo, os pilotos da Haas vão ter direito a treinos extras e também a experimentar novas peças durante as corridas. Isso pode trazer alguma vantagem, e evitar que apenas a Mercedes e a Red Bull ganhem corridas e o título. Ainda é cedo para dizer que tudo isso vai funcionar, mas a iniciativa é interessante e promissora.
Além disso, o investimento dessas três equipes que citamos, assim como de outras, subiu entre 2021 e 2022. Uma notícia interessante que pode influenciar nos rendimentos dos pilotos. Afinal, o limite de gastos criados na F1 faz com que se crie um ambiente mais equilibrado nas pistas. Nesta temporada, as equipes vão poder gastar no máximo US$ 140 milhões, um número que vai continuar caindo em 2023 e 2024. Ou seja, a F1 tem tudo para ficar mais emocionante no futuro.
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Não é apenas na pista que a Fórmula 1 está mudando, mas também na internet. A categoria tem investido cada vez na presença digital, e isso deve garantir novos fãs de automobilismo. Em entrevista divulgada recentemente pela Betway, site de apostas em F1, o chefe dos direitos de transmissão na Nielsen Sports, Tom McCormack, explicou como acontece essa presença do automobilismo nas redes sociais e em outras plataformas digitais.
“O atual grid de jovens pilotos, experientes em mídias sociais, como Lando Norris, está ajudando a alcançar novos consumidores por meio de plataformas como Twitch e Youtube. Ao adotar essas plataformas, bem como serviços de streaming como a Netflix, com sua série Drive to Survive, a Fórmula 1 agora está mais bem posicionada para converter os recém-chegados ao esporte em fãs de longo prazo e gerar níveis de interesse sem precedentes”, afirmou McCormack.
A reportagem feita pelo blog Betway Insider também mostra que esse era um objetivo desde 2018. O antigo diretor administrativo de operações comerciais da Fórmula 1, Sean Bratches, afirmava naquela época que o objetivo da Liberty Media, após comprar a categoria por US$ 4,4 bilhões, era transformar a empresa de automobilismo em uma espécie de marca de mídia e entretenimento. Um plano que foi bem-sucedido, principalmente com a audiência conquistada em 2021.
Mais público
Os relatórios divulgados no final do ano passado mostraram um aumento de 4%, em comparação com 2020, na audiência da F1. Foram mais de 1,55 bilhão de pessoas acompanhando as corridas e a disputa entre Hamilton e Verstappen. Além disso, cerca de 34% dos fãs da categoria começaram a acompanhar as corridas nos últimos quatro ou cinco anos, justamente quando a Liberty Media começou a atuar.
Esses números são importantes para mostrar que a F1 está no caminho correto. A categoria passou por altos e baixos nos últimos anos, mas a audiência foi um problema sério em vários países. Aqui no Brasil, por exemplo, a Rede Globo deixou de transmitir as corridas por conta do pouco público interessado. Algo que pode mudar nos próximos anos, caso as corridas fiquem interessantes.
Todas as mudanças no regulamento e a presença digital são importantes para mudar a cara da F1. Em 2022, isso será colocado à prova nas corridas, e a promessa é de muita emoção durante a temporada. A expectativa é que mais pilotos consigam vencer corridas, acabando assim com o domínio da Red Bull e da Mercedes.