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NASCAR – No templo da velocidade, Chevrolet e Chase Elliott ressurgem – Talladega – 2019

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Aric Almirola e Austin Dillon na primeira fila em Talladega. Créditos: Jared C. Tilton | Getty Images (nascar.com)

Salve salve fãs da Nascar ! No último domingo foi realizada a 10ª etapa da temporada da NASCAR em Talladega. E este oval tem história pra contar. Foi lá, em 1987, que Bill Elliott cravou o recorde de maior média de velocidade em carros de turismo ao atingir a marca de 342 km/h. Será que ele imaginou algum dia, que seu filho William Clyde “Chase” Elliott II, que na época nem era nascido, venceria a Talladega 500 em 2019? Histórias do esporte…

Ultrapassado este belo prefácio, confesso que sou um fã da NASCAR que fica se divertindo nas demais corridas, esperando os “Superspeedways”, ou seja, Daytona, Talladega e Indianápolis. Pois gosto mesmo é da velocidade, das manobras estratégicas dentro da pista e do risco dos grandes ovais. Fico às vezes pensando sobre a opinião de amigos que dizem : “não acho graça, as vezes não acontece nada”. Como não?? Está acontecendo a cada volta!! Tem 40 carros na pista, com MÉDIA de velocidade de 315 a 320 km/h, com o muro ao seu lado e andando embutidos um no outro!! Se o piloto espirrar dentro da “nave” ele dá de cara na parede e leva alguns colegas com ele. Na verdade as pessoas se acostumaram a ver essa loucura e se esqueceram do que realmente é. Talladega é para quem tem velocidade no sangue!! Piloto temeroso “pede pra sair”!

Este ano tivemos algumas novidades : 1) Carros sem a placa restritora, mas com menos potência. 2) Spoiler traseiro maior, aumentando o downforce. Acredito que essas medidas tenham funcionado. Os pilotos tiveram maior controle dos carros para manobras agressivas e andaram próximos na maior parte da prova e com boa média de velocidade.

“Superspeedways” são pontos fora da curva. Frequentemente ocorrem zebras, confronto de estratégias, e claro, os famosos “big ones”, que nessa etapa foram até econômicos. E ainda, existem os grandes pilotos especialistas neste tipo de oval, como Brad Keselowski e Joey Logano, e também, pilotos que às vezes não aparecem tanto no decorrer da temporada, mas nos grandes ovais “descem a bota”, como Ricky Stenhouse Jr., Matt DiBenedetto e o pole desse ano, a incógnita Austin Dillon (é da prateleira de cima ou não é?).

Após a largada tudo vinha dentro do esperado, Austin Dillon já não liderava mais, Joey Logano na ponta, seguido por Ryan Blaney e o surpreendente Bubba Wallace na P3. E então, Ohhh Bubba…tsc..tsc..tsc. Torcemos tanto por você garoto! Ainda na volta 11, o bom rockeiro perdeu a frente do Camaro #43 ao tocar no seu amigo Blaney, atravessou a pista e levou com ele McDowell, Hamlin, Harvick e Bowyer. Bubba Wallace saiu da prova e levou com ele bons candidatos à vitória.

E por falar em grande nome fora do páreo, esse colunista está se achando um belo pé frio, pois Jimmie Johnson, ainda no primeiro segmento, teve um pneu furado e foi de encontro ao muro. Não abandonou, mas suas chances de vencer ficaram por ali. Bubba #43 e J.J. #48, descartados ainda no inicio da Talladega 500! Melhor esconder minhas bandeiras para o bem de todos na próxima. E segue o jejum do hepta Jimmie Johnson.

Outro detalhe chamou a atenção nesta prova de Talladega. Os carros das montadoras trabalhando juntos. Toyotas, Fords e Chevrolets, andando cada um com seu cada qual, independente de equipe, combinando vácuo, entrando juntos para os pits e parceiros nas estratégias. Para quem acha que as marcas não se importam com os resultados na NASCAR, a prova está aí. Chevrolet estava pressionada ou não?

A corrida seguiu seu fluxo normal, com a movimentação de xadrez dos pilotos na pista, a negociação das linhas, dos vácuos e com Ty Dillon (irmão do pole) fechando o primeiro segmento na ponta e Chase Elliott fechando o segundo segmento.

Iniciada a fase final da corrida, faltando 33 voltas para o fim, uma cena cômica, o ótimo Brad Keselowski, que vinha na briga pela vitória, erra o ponto de freada na entrada dos pits, roda e estaciona de forma precisa no seu Box, pena que com o carro virado ao contrário. “Bad Brad” com essa “pataquada” dava adeus à vitória.

Prova da NASCAR que se preze não acaba simplesmente e faltando sete voltas para o fim, forte acidente envolvendo Chris Buescher, Matt DiBenedetto, Justin Haley e Martin Truex Jr. Bandeira vermelha, corrida paralisada. Aumenta o drama.

Na relargada faltando quatro voltas, Chase Elliott assume a ponta. Mas na bandeira branca sinalizando a última volta, outro forte acidente. David Ragan toca em William Byron, que por sua vez leva o ímã de problemas do momento, Kyle Larson, que inspirado na nossa Daiane dos Santos, dá um belo “duplo twist carpado” com seu Camaro #42.

Uma cena fortíssima, mas que graças à segurança dos carros da categoria, não gerou nenhum problema maior ao piloto, a não ser a tristeza de constatar que sua péssima fase segue firme.

O que sobrou do #42 de Kyle Larson. Créditos: Torey Fox – Nascar Digital Media

Fim de prova em bandeira amarela. Chase Elliott e Chevrolet vencem pela primeira vez na temporada. Alias a estratégia da Chevrolet funcionou muito bem, a marca colocou quatro carros no Top5. Dobradinha da equipe Hendrick com Elliott e Alex Bowman. Quebrada a invencibilidade da Penske e da Joe Gibbs.

Segue a tabela com os 16 primeiros que iriam aos playoffs nesse momento e mais aqueles que estão ali próximo, de olho numa vaga. Jimmie Johnson está por um fio. Alex Bowman e Austin Dillon entraram no Top16. Larson e Stenhouse Jr. saíram. Cantei a pedra.

Fonte: (nascar.com)

A próxima etapa será neste fim de semana em Dover. Confiram!

E como diria Kal-El : “Para o alto e avante !!”

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